Alison dos Santos, de São Joaquim da Barra, é campeão mundial nos 400m com barreiras
19/07/2022
💻 Por Rafael Gonçalves/VaiCorrendo.com Jornalista Mtb 44.929
O atleta Alison dos Santos, paulista de São Joaquim da Barra, região de Ribeirão Preto, escreveu mais um capítulo em sua história de conquistas nos 400m com barreiras. Alison foi campeão mundial nesta terça-feira (19) com o tempo de 46s29 no Mundial do Oregon, no Estádio Hayward Field, em Eugene, Estados Unidos. Os norte-americanos Rai Benjamin (46s89) e Travor Bassit (47s39) completaram o pódio.
Medalhista de bronze na Olimpíada de Tóquio, Alison passou a ser dono da 14ª medalha brasileira na história dos Campeonatos Mundiais de Atletismo, iniciada em 1983, em Helsinque, na Finlândia. O tempo obtido (46s29) foi o recorde do campeonato, recorde sul-americano e brasileiro, confirmando o atleta como um dos melhores da história do País.
Piu, como é chamado pelos amigos, foi vítima de um acidente doméstico quando tinha menos 1 ano de idade. Ele conta que puxou uma panela de óleo fervendo e sofreu queimaduras na cabeça, no braço e nas costas, ficando internado um bom tempo. Nos últimos tempos ele deixou a timidez de lado e parou de usar os bonés que escondiam a falta de cabelos em razão das queimaduras.
Uma conquista atrás da outra Atualmente, Alison é um dos principais nomes do atletismo brasileiro - e mundial - e já está em preparação para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, onde será favorito ao ouro.
O atleta de 2,00m de altura já foi ouro no revezamento 4x400m misto no Mundial Sub-18 de Nairóbi-2017, no Quênia; e bronze nos 400m com barreiras no Mundial Sub-20 de Tampere-2018, na Finlândia. Em 2019, aos 19 anos, quebrou sete vezes o recorde sul-americano sub-20, tendo conquistado títulos no adulto como o dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, com 48s45, e da Universíade de Nápoli, Itália, com 48s57, e chegando até ao sétimo lugar no Mundial de Doha, Catar, com 48s28.
Quebrando recordes... Depois da pandemia de 2020, quando não competiu, em 2021, Alison quebrou seis vezes o recorde sul-americano dos 400m com barreiras, correu oito vezes a prova abaixo dos 48 segundos e obteve a terceira melhor marca da história no Ranking da World Athletics ao conquistar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, com 46s72.
Também foi medalhista de prata com o 4x400m misto do Brasil no Mundial de Revezamentos da Silésia, Polônia, e segundo na final da Liga Diamante, dia 9 de setembro, em Zurique, na Suíça, superado apenas pelo norueguês Karsten Warholm, recordista mundial, bicampeão mundial e campeão olímpico.
Seu desempenho foi reconhecido pelo Prêmio Brasil Olímpico, do Comitê Olímpico do Brasil (COB) - Melhor do Atletismo em 2021. E especialmente pelo 1º Prêmio Loterias Caixa Melhores do Ano do Atletismo - Melhor Atleta de 2021 (ao lado de Érica Sena), em cerimônia realizada em São Paulo com a presença de integrantes da comunidade do atletismo.
*Com dados e informações da CBAt Foto: Carol Coelho/CBAt